Projeto apresentado foi desenvolvido pelos jovens durante o ensino médio
O pioneirismo dos alunos fez com que eles fossem convidados a representar o Brasil na “Expo Science Latin American 2012”?(ESI AMLAT), que foi realizada no início do mês, em Assunção, no Paraguai. O projeto, desenvolvido pelos estudantes sob a orientação da professora de química Joselma Maria da Silva, foi destaque, em São Paulo, em março deste ano, na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), realizada na USP, para a qual foram convidados. O projeto chamou tanta atenção que a universidade se comprometeu a doar materiais (vidros de laboratório) para a escola, que tem ajudado na pesquisa.
Apesar de não se tratar de uma unidade técnica - a Martins Júnior apenas este ano passou a funcionar no regime de Escola Integral - a escola conquistou, com esse projeto de ciências, em outubro de 2011, o primeiro lugar na “XXII Ciência Jovem no Espaço Ciência", na categoria Desenvolvimento Tecnológico, disputando com instituições públicas e particulares. Esta premiação levará os alunos à "Expo Science Latin American 2012” (ESI AMLAT).
“Sou professora de química há 28 anos e trabalho na Escola Martins Júnior há 18. Tive o privilégio e o orgulho de ver passar nas nossas salas de aula alunos como Alcides e tantos outros que nos fazem lembrar o tempo inteiro como é bom poder fazer algo que possa inferir na vida e na realidade das pessoas. Depois de tanto tempo, ainda parece que comecei ontem e fico triste quando penso na aposentadoria. Por isso, continuo jogando aminha rede e me surpreendendo a cada ano com os alunos”, declarou.
Para a estudante Eduarda Mota, a viagem do grupo ao Paraguai premia o esforço que eles tiveram para desenvolver o projeto. “Participar dessa feira é um reconhecimento de um trabalho que já desenvolvemos há 3 anos. A ideia central do nosso trabalho é explorar a energia solar, que é abundante no Brasil. Para isso, substituímos as fotocélulas de silício utilizadas no mercado por uma fotocélula que produzimos a partir de materiais orgânicos. Conseguimos obter os mesmos resultados e até resultados mais eficientes a partir dessa nova fotocélula”, explicou.
Histórico- Começou a ser desenvolvido em maio de 2010, com a participação de apenas uma aluna (Eduarda Mota, 18 anos) e no início não obtivemos resultados favoráveis. Em 2011, o grupo aumentou para quatro alunos (entraram Caio Felipe, 19; Humberto Antônio, 18; e Samuel Tavares, 19). A partir daí, começaram a desenvolver o projeto em encontros semanais de quatro horas (nas tardes das segundas e/ou quartas), no período de março a outubro de 2011.
Depois de outubro de 2011, apareceram os primeiros resultados positivos, que foram orientando o grupo a definir uma metodologia mais eficaz, melhorando a eficiência da fotocélula. Então o grupo começou a testar várias formas de preparação e diversas variáveis que interferiam no rendimento da mesma.
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