Homenagem ocorreu nesta quinta-feira, no Colégio Militar do Recife
Em 2011, cerca de 18,7 milhões de alunos se inscreveram na competição e mais de 98% dos municípios brasileiros estiveram representados. Pernambuco conquistou ainda 27 medalhas de prata e 43 de bronze. Outros 653 alunos receberam menção honrosa na solenidade, pelo bom desempenho.
Na ocasião, Anderson Gomes parabenizou a participação dos estudantes pernambucanos, que melhoraram o desempenho em relação à olimpíada anterior, quando Estado recebeu cinco medalhas de ouro, seis de prata e 17 de bronze. “Se Pernambuco dá a oportunidade, vocês a agarram, não importa a escola ou o município. Estão todos de parabéns", disse aos jovens presentes.
Em seguida, falou sobre a importância de modernizar a educação e a importância da escola na vida dos estudantes. "Começamos a distribuir tecnologia nas salas de aula, na tentativa de levar nossas escolas para o século XXI. Também temos o programa Ganhe o Mundo, que oferece oportunidade para as pessoas de baixa renda viajar para o exterior. Esse é o papel da escola do século XXI. Não é apenas preparar para
o vestibular, e sim para a vida”.
Um dos premiados, Carlos Rodrigues Pontes, de 18 anos, revelou que está bastante feliz com a prata. “Estudei ano passado no Ginásio Pernambucano e, mesmo com regime integral, eu estudava mais no final de semana. Como matemática é meu hobby, isso não foi um problema. O bom é que a olimpíada me estimulou muito. Como eu fui medalhista no ano anterior, fui convidado para o Programa de Iniciação Científica Júnior (PIC)”. Carlos passou no vestibular da UFPE no ano passado e atualmente cursa engenharia.
O PIC é um programa que oferece aos medalhistas da olimpíada uma bolsa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), onde estudam matemática por um ano.
Os medalhistas de ouro receberam na solenidade apenas os certificados. Eles viajam pra o Rio de Janeiro, onde, no domingo (26), recebem das mãos da presidente Dilma as medalhas.
Superação - Antônio Márcio da Silva, por outro lado, não ganhou medalha. Mas a menção honrosa que recebeu, para ele, vale ouro. É que o estudante do 3º ano da Escola Estadual Brigadeiro Eduardo Gomes, em Macaparana, é cego desde que nasceu e deu um exemplo de superação das adversidades. “A gente conta com a boa vontade dos alunos, dos professores e da direção, que abriu as portas para eu entrar e me ajudaram para eu chegar até aqui. Não esperava chegar onde cheguei, pra mim foi uma surpresa”.
Quem dá outro exemplo de superação é o aluno do 1º ano da Escola Arthur Mendonça, Rayalisson Martinelle, de 17 anos. Ele é morador do município de Moreno e divide seu dia entre a escola e o trabalho num armazém. As dificuldades, porém, não o intimidam. “É um privilégio estar participando sabendo que me destaquei como estudante de escola pública. Dá pra chegar lá. Serei um futuro engenheiro! Amo matemática!”.
Histórico - Iniciada em 2005, a competição, que foi criada quando o governador Eduardo Campos ocupava o Ministério da Ciência e Tecnologia, vem crescendo a cada ano criando um ambiente estimulante para o estudo da matemática entre alunos e professores de todo o país. Os sucessivos recordes de participação fazem da OBMEP a maior Olimpíada de Matemática do mundo.
A 8ª edição do evento está em andamento. Aproximadamente um milhão de estudantes pernambucanos das redes municipal, estadual e federal realizaram em maio as provas da primeira fase.
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